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Aperte a vuvuzela

Catador de lixo morre atropelado no Lixão da Codin, em Guarus

A vida das pessoas que tiram o seu sustento do lixo já é dura , mas nesta sexta-feira (28/05), o Lixão ficou ainda mais triste. O jovem Josué dos Santos Barnabé, 23 anos, morreu ao ser atropelado por um caminhão da empresa que recolhe lixo e deposita no local.



Quando o lixo é depositado, há todo um esquema, com sinalizadores, inclusive, mas testemunhas contam que Josué escorregou e foi parar embaixo do caminhão. Não houve tempo para o motorista parar. Josué ainda foi socorrido e chegou a ser internado no Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu.




Na manhã deste sábado, funcionários da empresa responsável pela coleta de lixo estiveram no Instituto Médico Legal (IML), dando suporte à família do jovem. O diretor Administrativo da empresa, informou que apesar de ter sido uma fatalidade a empresa vai amparar a família no que ela precisar.



A vida no Lixão - Dayse Silva Rodrigues, 43 anos, hoje é empregada doméstica, mas há 15 anos, a realidade era bem diferente. Para sustentar sozinha as duas filhas, Dayse recolhia objetos do lixo. “Se você parar pra pensar na vida que está levando você enlouquece. Ninguém que viver no meio dos urubus, disputando com eles, como se você também fosse bicho”, relata Dayse emocionada.



Ela conta que lá o trabalho é duro, normalmente, nas primeiras horas da manhã o trabalho começa “Você conhece o ditado, quem chega primeiro bebe água limpa, eu chegava logo que o dia clareava para tentar catar as coisas de mais valor, as latinhas, garrafas pet e outras coisas fáceis de vender”, revela Dayse, que também tem boas recordações da época de Lixão.



Ela conta que já encontrou roupas novas, na embalagem, carne seca empacotada, sapatos seminovos e até jóia. “Às vezes as pessoas chegam em casa cheias de sacolas e na hora de jogar fora vai alguma coisa que acabou de comprar junto, aí é uma festa, Né? Eu quando fui morar lá perto não tinha quase nada, minhas panelas, talheres e até um colchão durante muito tempo foram do lixão”. Conta doméstica, que não guarda rancores da vida dura e diz que hoje aprendeu a valorizar tudo o que tem. “Você trabalhar num local limpo, sem mau cheiro, sem urubu ao seu redor, não tem preço! Finaliza Dayse.



Fonte: Ururau

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